11.2.10

A arte de ser triste.

E o engraçado é que as vezes sou tomado de uma dor, uma angustia, uma tristeza que chega a ser quase desesperador.
Não há motivo aparente (tenho ao meu lado o cara que gosto, não falta dinheiro, possuo amigos, saúde, uma família relativamente normal), quem me vê na rua de jeans e allstar branco caminhando acha que ali vai um cara comum, um cara feliz.
Nesses dias não saio chorando pelos cantos, não penso em me matar, não ligo pro meu plano de saúde marcando um psiquiatra e tão pouco descarrego em alguém.
Só sinto um vazio.
Sinto que sou total vazio.
De mente e de coração.
São dias que se arrastam, dias em tons sépia e ocos.
Dias em que acordo e olho para o této, branco, e ali permaneço alguns minutos, já sabendo as sensações que me aguardam.
Não vou dizer que não gosto de me sentir assim, sou do tipo de gente que vangloria a nostalgia, que as vezes faz por onde se deprimir, que sente uma pontinha de prazer em ter com o que se entristecer.
Masoquismo?
Auto-boicote?
Nada disso, só acho que sou uma das poucas pessoas no mundo que possuem e gostam da arte de ser triste.

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